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Ô, saudade!

Quando a gente é criança a vida é tão bonita, não é? Qualquer pequena alegria é uma verdadeira felicidade. Eu me lembro que, aos cinco anos, eu gostava de armar “cabaninha” no quintal, e o manual dizia: monte você mesmo a sua cabana, use duas cadeiras e uma coberta. Depois de montada era a hora de ser feliz. Aquele era um verdadeiro castelo e ai de quem ousasse desmontá-lo. O próximo passo era fazer o banquete do castelo, e o prato principal era Bolinho de Terra Preta ao Molho d’Água. Era preciso muita técnica para fazer com que aquele bolinho não desmontasse depois de sair da forminha. E as unhas pretas depois da artimanha? Haha. Ô, saudade!

Eu sinceramente não faço a menor ideia do que eu sonhava em ser quando eu era criança, mas vai ver eu nem pensava nisso, nem me lembrava que eu teria que crescer. E por que será que a gente cresce, hein? Por que a gente fica ranzinza e não mais se contenta com o que é pouco? Por que a gente acha que tudo é pouco?

Não é me excluindo desta parcela, porque eu também sou falho, mas como eu fico chateada ao ver as pessoas se estressarem com coisas inúteis. Se antes do (ou mesmo durante o) estresse as pessoas se questionassem: “Se é mesmo válido eu me estressar por isso, qual o verdadeiro sentido?” Eu aposto que mínimas seriam as vezes em que encontrariam explicações plausíveis, verdadeiramente convincentes e aceitáveis.

Eu diria que a verdadeira maravilha seria viver a vida ao contrário, mas Benjamin Button me frustrou (Hahaha!), então, o bom mesmo seria ser eternamente criança, nunca perder a doçura, a ingenuidade, pegar aqueles poucos centavos que o avô te deu e fazer uma feira de cáries na venda da esquina, brincar de cabaninha, sujar as mãos de terra, ser feliz de verdade com as muitas alegrias que a vida lhe dá, e não é que quando você cresça a vida pare de lhe dar essas alegrias, mas você perde a capacidade de percebê-las.

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Ô, saudade!

Quando a gente é criança a vida é tão bonita, não é? Qualquer pequena alegria é uma verdadeira felicidade. Eu me lembro que, aos cinco anos, eu gostava de armar “cabaninha” no quintal, e o manual dizia: monte você mesmo a sua cabana, use duas cadeiras e uma coberta. Depois de montada era a hora de ser feliz. Aquele era um verdadeiro castelo e ai de quem ousasse desmontá-lo. O próximo passo era fazer o banquete do castelo, e o prato principal era Bolinho de Terra Preta ao Molho d’Água. Era preciso muita técnica para fazer com que aquele bolinho não desmontasse depois de sair da forminha. E as unhas pretas depois da artimanha? Haha. Ô, saudade!

Eu sinceramente não faço a menor ideia do que eu sonhava em ser quando eu era criança, mas vai ver eu nem pensava nisso, nem me lembrava que eu teria que crescer. E por que será que a gente cresce, hein? Por que a gente fica ranzinza e não mais se contenta com o que é pouco? Por que a gente acha que tudo é pouco?

Não é me excluindo desta parcela, porque eu também sou falho, mas como eu fico chateada ao ver as pessoas se estressarem com coisas inúteis. Se antes do (ou mesmo durante o) estresse as pessoas se questionassem: “Se é mesmo válido eu me estressar por isso, qual o verdadeiro sentido?” Eu aposto que mínimas seriam as vezes em que encontrariam explicações plausíveis, verdadeiramente convincentes e aceitáveis.

Eu diria que a verdadeira maravilha seria viver a vida ao contrário, mas Benjamin Button me frustrou (Hahaha!), então, o bom mesmo seria ser eternamente criança, nunca perder a doçura, a ingenuidade, pegar aqueles poucos centavos que o avô te deu e fazer uma feira de cáries na venda da esquina, brincar de cabaninha, sujar as mãos de terra, ser feliz de verdade com as muitas alegrias que a vida lhe dá, e não é que quando você cresça a vida pare de lhe dar essas alegrias, mas você perde a capacidade de percebê-las.